Pauline Almeida
O carro roubado no caso de latrocínio que matou a estudante Camila Mozer Pires Machado, 20 anos, foi encontrado em Cascavel. O delegado de Cambará (134 km de Londrina), município onde aconteceu o crime, Amir Salmen, está indo nesta quarta-feira (13) para o oeste do Estado, receber mais informações sobre a apreensão do veículo e ajudar no cerco aos criminosos.
O Ecosport prata, com placas de Ourinhos (SP), estava estacionado no bairro Interlagos, em Cascavel. A polícia notou que o carro havia sido abandonado e fez a apreensão, encaminhando o veículo para o pátio da Delegacia de Polícia Civil, onde passou por uma perícia.
O carro foi roubado na madrugada do último domingo (11) por Carlos Mendes da Silva, 30 anos, Vanuza da Silva Trentini, 35 anos, e seu filho de 14 anos. O trio abordou a estudante Camila e seu namorado Murilo Macedo Lima, 19 anos, em Ourinhos. O casal foi levado para uma estrada rural em Cambará, onde a jovem foi executada com um tiro na cabeça e o rapaz foi baleado nas costas.
Ecosport foi abandonado no bairro Interlagos, em Cascavel
Segundo o delegado Amir Salmen, a prisão dos criminosos é necessária para entender a real motivação do crime bárbaro. "Ele estão sem dinheiro, estão apenas com a arma utilizada no crime e devem fazer algum assalto. Eles podem estar na casa de algum parente, pois a Vanuza é do Paraná, ou ainda podem tentar atravessar a fronteira do Paraguai", comentou.
Salmen contou que, após cometerem o latrocínio, o trio rendeu um primo de Vanuza, morador de Andirá (116 km de Londrina), e o obrigou a dirigir até Foz do Iguaçu. Chegando lá, o homem foi liberado e ganhou um anel roubado de Murilo como presente de agradecimento. Como nenhum dos criminosos possui carteira de habilitação, o veículo teve que ser deixado.
A motivação
A polícia ainda investiga qual seria a verdadeira motivação do crime, mas a hipótese mais plausível é de que o roubo tenha se tornado um latrocínio, devido à instigação do adolescente.
Em depoimento à polícia, o sobrevivente Murilo Macedo Lima contou que o garoto de 14 anos zombava de Carlos Mendes da Silva, responsável pelos disparos, dizendo que ele não conseguiria atirar.
Os incentivos evoluíram e o homem resolveu executar ambas as vítimas, mas não contava que Murilo sobreviveria. O autor dos disparos já possui passagens por furto qualificado e o adolescente por tráfico de drogas.
Fonte: O Diario
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