“Ele continua preso na carceragem. Vamos concluir o inquérito nos próximos dias e encaminhar ao poder judiciário. É um direito dele não se pronunciar e uma possibilidade de defesa que não pode ser usada em desfavor dele. Ele vai ser indiciado por sequestro e cárcere privado qualificado por causa dos maus tratos e sofrimento que causou na vítima”, disse o delegado Neves.
O caso aconteceu na quarta-feira (28). Jéssica e Vieira trabalham em uma avícola afastada do centro da cidade. Por volta das 16 horas de terça-feira (27), Jéssica entrou no ônibus da empresa para retornar para casa, quando o ex-marido a rendeu. Ademilson Vieira teria ameaçado o motorista com um revólver, obrigando-o a dirigir até o bairro São Jorge, onde a mulher mora. Aparentemente, ninguém ficou ferido durante a abordagem no ônibus.
Após 25 horas de negociação, Vieira se entregou e Jéssica foi socorrida. O casal tem uma filha que está sob os cuidados da mãe. Segundo a polícia, Ademilson Vieira deve continuar preso. Ele será indiciado também por porte ilegal de arma de fogo. O advogado de Vieira não foi encontrado pela reportagem para comentar o caso.
Jéssica diz que ex-marido nunca aceitou a separação
Jéssica Soares, 20 anos, que ficou refém do ex-marido por 25 horas disse em entrevista à RPC TV Paranavaí que Ademilson Vieira nunca aceitou o fim do casamento. Ela contou que não foi ameaçada por ele, mas temia que por descontrole Vieira atirasse nela. “A gente nunca imagina passar por isso. Me deu um desespero. Parecia que eu não ia mais sair dali. Ele tentou me acalmar dizendo que estava tentando se entregar e eu disse pra ele que pela nossa filha ele se entregasse. Ele nunca aceitou a separação”, disse.
A jovem contou que o ex-marido pediu para que ela saísse da casa, mas ela ficou com medo dele atirar. “Eu ficava confiando em Deus. Ele me deixou ir, mas fiquei desconfiada da reação dele. Ele podia atirar em mim vendo eu sair ou poderia se matar também.”
Fonte: GRPCOM
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